Adega
Uma Adega de Arquitectura
Pierre Yovanovitch assina a arquitetura ultra contemporânea de um edifício de três pisos de linhas modernas e simples com uma vista surpreendente sobre o Vale do Douro. Foi necessário escavar a 20 metros de profundidade, ao nível da pedra de xisto para construir esta adega.
De acordo com o arquiteto e designer de interiores, “o constrangimento alimenta a criatividade”. Concretizou volumes amplos, uma escadaria majestosa marcada com azulejos típicos portugueses que se define como a espinha dorsal da obra. As aberturas da fachada e as janelas panorâmicas são autênticas telas que permitem vistas enquadradas sobre o rio, as vinhas e os socalcos da Quinta.
A adega, dedicada à produção de vinhos do Douro, combina simplicidade e funcionalidade, destacando-se na entrada pela zona de receção das uvas com aberturas a nível do solo para a entrada dos bagos, estes conduzidos por gravidade até ao espaço de cubas com controlo de temperatura. O primeiro nível do edifício, onde a arte se funde com a técnica, abriga uma sala de estar e um terraço que oferece uma vista deslumbrante sobre as vinhas e a paisagem. O edifício completa-se com uma magnífica sala de barricas, uma garrafeira e uma sala de provas.
O mobiliário é contemporâneo, exclusivamente concebido para a Quinta da Côrte, foi criado por artesãos locais e franceses sob orientação do arquiteto, como uma mesa alta com pés de metal e tampo em betão azul na sala de provas, sofás de madeira maciça com almofadas confeccionadas à mão, um candeeiro suspenso em forma de “cacho de uvas” em metal e vidro soprado preto, mesas de chá inteira em pedra vulcânica, entre outras peças que poderá visitar no local …
Duas adegas aliadas à identidade de um Terroir único
Uma Adega Tradicional: Vinho do Porto
Uma adega dedicada à produção de vinho do Porto, na qual impera a arquitetura tradicional, os materiais de origem e os métodos ancestrais de vinificação (paredes de xisto, lagares de granito, pipas e tonéis centenários).
A tradição ancestral em que as uvas são pisadas a pé em lagares de granito, continua bem presente na produção dos vinhos do Porto e alguns vinhos do Douro da Quinta da Côrte. Este método tradicional permite preservar a autenticidade e qualidade distintiva dos nossos vinhos.
Pisa a Pé
A primeira fase da pisa é chamada o “corte”. Esta consiste em esmagar as uvas, para libertar o sumo e a polpa das peles. Durante esta fase inicial, os pisadores unem-se numa linha apertada e disciplinadamente avançam muito lentamente ao som do marcador, ombro a ombro, até completarem todo o lagar, pisando de forma metódica garantindo que as uvas são completamente esmagadas. Terminada esta fase, segue-se a etapa da “liberdade” , muitas vezes anunciada pela canção de liberdade cantada pelos vindimadores. Os pisadores trabalham individualmente, movendo-se de forma livre à volta do lagar, assegurando que as peles das uvas são mantidas submersas. Após algumas horas, a fermentação começa e o calor e o álcool que produz começa a libertar cor, taninos e aromas das peles permitindo-lhes serem diluídos no vinho que está a fermentar. Esta fase do processo é essencial para a produção de vinho do Porto de qualidade.
A Pisa a Pé, até ao dias de hoje, é considerada pela Quinta da Côrte a melhor forma de alcançar a extração de aromas e sabores únicos, preservando a autenticidade e a qualidade distintiva dos seus vinhos.